Paris-2024: como foi a cerimônia de abertura? Leia resumo em 5 pontos

A França mostrou ao mundo nesta sexta-feira (26) que é possível fazer uma cerimônia de abertura de Jogos Olímpicos fora de um estádio, feito até então inédito. As 205 delegações percorreram o Rio Sena de baixo de chuva constante, em uma festividade que durou quase 4h. Confira abaixo os principais destaques.

Barco, barquinho, barcão

O Time Brasil, 29º a entrar, veio com animação, ocupando sozinho um barco inteiro. Comitês diminutos desfilavam em embarcações menores ou dividiam espaços com outras. As adequações variavam conforme a ordem alfabética de entrada dos países.

Roupa não importou

O formato retirou o protagonismo do caminhar dos porta-bandeiras. Além disso, a chuva ajudou a abafar as discussões nas redes sociais sobre o criticado look dos brasileiros, idealizado pela Riachuelo. Afinal, vários atletas lançaram mão da capa de chuva para não se molhar.

Cultura tradicional e popular

Os desfiles, porém, acabaram por ficar em segundo plano, tamanho o simbolismo agregado pela organização do evento. Em primeiro lugar, com a valorização das instituições nas proximidades do Sena: Catedral de Notre-Dame, Museu do Louvre, Assembleia Nacional e Torre Eiffel. O grand finale foi com o iluminado monumento ao fundo, já de noite.

Do lado da cultura popular, na transmissão para a televisão, teve O Corcunda de Notre Dame, Minions e um misterioso mascarado, vestido à la Assassin’s Creed. O personagem roubou a cena e terminou seu trajeto a cavalo, primeiro num tecnológico, sob as águas do Sena, e depois em um de verdade.

misterioso mascarado

Diversidade e representatividade

Paris honrou um de seus títulos, “capital mundial da liberdade”, ao apresentar, por exemplo, uma Santa Ceia versão drag queen e promover reparação histórica a mulheres francesas notáveis. Dez delas, como a escritora feminista Simone de Beauvoir (1908-1996), passaram a ser imortais agora também na forma de estátua na capital francesa.

A diversidade também esteve presente nas atrações musicais. A diva do pop, Lady Gaga, abriu os trabalhos. Em seguida, o ritmo mudou para o metal da banda Gojira. Depois o pop voltou sob Aya Nakamura, a artista francófona mais ouvida no mundo hoje, que nasceu no Mali. Teve ainda ópera, rap, “A Marselhesa” e “Hymne A L’Amour”, de Édith Piaf, cantada por Céline Dion do alto da Torre Eiffel, encerrando a cerimônia de abertura.

Céline Dion

Revezamento de lendas

A tocha olímpica “sorriu” no trajeto final ao ser acompanhada por lendas do esporte: Zinedine Zidani (futebol), Rafael Nadal (tênis), Serena Williams (tênis), Carl Lewis (atletismo) e Nadia Comăneci (ginástica).

O mistério sobre quem acenderia a pira ficou até os instantes finais. A honra coube simultaneamente à ex-velocista Marie-José Perec, tricampeã olímpica, e ao judoca Teddy Rinner, bicampeão olímpico, que tentará o tri em casa. A pira estava acoplada em um balão e saiu levemente do chão, flamejante.

Marie-José Perec e Teddy Rinner

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