No ano em que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tentará a reeleição ao cargo, a gestão investirá um valor recorde na Virada Cultural do Pertencimento de 2024 (ou Virada da Solidariedade). O montante gasto será de R$ 59,8 milhões, segundo dados enviados com exclusividade à Alpha FM pela Secretaria Municipal da Cultura.
O festival movimentará a cidade com centenas de atrações no próximo fim de semana, entre os dias 18 e 19. Leonardo, Léo Santana e Pablo Vittar estão entre os principais nomes da programação. A saber, o trio figura no topo da lista dos cachês deste ano. A agenda completa está disponível aqui.
Em relação ao orçamento da Virada de 2023, a elevação foi de 25,3% em valores corrigidos pela inflação. O acréscimo advém, principalmente, do gasto com estrutura (R$ 33,4 milhões neste ano, ante R$ 24,9 milhões em 2023). Em relação às contratações artísticas, são R$ 26,4 milhões neste ano, contra R$ 22,8 milhões no ano passado.
A diferença na despesa total é bem superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do período (mai-2023/abril-2024), de aproximadamente 3,69%. Ao mesmo tempo, a verba da Secretaria da Cultura cresceu só 13%, de um ano para o outro, de R$ 723,78 para 818,05 milhões. Especialistas na área elogiam o evento, realizado desde 2005, porém, acham exagerado o investimento para um fim de semana.
O que diz a Prefeitura de SP
De acordo com a Prefeitura, o “valor representa um investimento significativo na periferia, estimulando a economia local nos bairros das pontas, seguindo o norte da gestão de descentralização das ações e dos recursos da pasta”. São 12 arenas musicais, sendo apenas uma no Centro (Vale do Anhangabaú). No ano passado, conforme a gestão Nunes, a Virada Cultural movimentou R$ 91,3 milhões e gerou 1,8 mil empregos diretos e indiretos.
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