O cantor Seu Jorge e a banda Só Pra Contrariar, em formação original com Alexandre Pires, foram os destaques do primeiro dia do Festival Turá São Paulo de 2025. O sábado (28) trouxe ao Parque Ibirapuera uma mistura de ritmos populares do Brasil: funk, samba, forró, frevo, samba-rock e pagode.
O clima ajudou bastante a curtição. Quem esteve no mesmo Ibirapuera, no ano passado, se lembra que o tempo estava gelado, inferior a 15º C. Desta vez, o sol saiu, elevando os termômetros para 25º C no meio da tarde.
A música começou cedo. Às 14h, ainda para um público reduzido, o Bonde do Tigrão e seu funk carioca subiram ao palco, transportando os fãs para o início dos anos 2000. Naquela hora, muita gente aproveitou para arranjar uma mesa na sombra e almoçar nos food trucks do festival.
A segunda atração do palco principal foi Pretinho da Serrinha. Acostumado a acompanhar outros músicos como parte da banda, o cantor e instrumentista carioca iniciou o show no comando dos vocais. Ele era o anfitrião e recebeu dois convidados especiais: o rapper Criolo e a sambista Leci Brandão.
Uma das virtudes do Turá é justamente promover o encontro de gerações, dentre os músicos e os expectadores. Ovacionada ao aparecer, a veterana agradeceu o público: “vocês são os responsáveis por essa continuidade”, citando os mais de 50 anos de carreira e os 80 de vida. Animada, a plateia cantou alto com Leci o sucesso “Só Quero Te Namorar”, dos anos 1980.
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Terceiro a se apresentar, Lenine veio bem-acompanhado pela Spok Frevo Orquestra. “Poder dividir com vocês um pouco da alma que nos une: Pernambuco”, disse o artista. Por uma hora, o Ibirapuera transformou-se no Marco Zero do Recife. Lenine agitou a galera ao som do frevo e também emocionou com o hit “Paciência”, sua música mais tocada nos últimos anos.
Àquela altura, o Ibirapuera já estava cheio, mas não lotado, o que deixava as pessoas mais à vontade. Aliás, vale destacar que a visão do palco era boa mesmo estando a bons metros de distância. Quarto a se apresentar, Seu Jorge contagiou com seu jeito carismático e envolvente, além da habilidade de dançarino e inconfundível voz de baixo-barítono.
O artista optou por um show seguro com só uma ou outra faixa do mais recente álbum “Baile à la Baiana”, lançado em fevereiro deste ano. Assim, os hits comandaram a festa: “Mina do Condomínio”, “Burguesinha”, “Amiga da Minha Mulher”, “Carolina”, “Felicidade”, “Quem não quer sou eu” e “É isso aí”, que arrepiou.
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E se hit é o assunto, o que dizer do show do Só Pra Contrariar (SPC)? A noite era especial, já que a formação original estava mais uma vez reunida, contando com o astro Alexandre Pires no microfone. Desde as primeiras horas do Turá, era possível ver integrantes do fã-clube de Pires reservando lugar no gradio, à espera do ídolo, que entregaria tudo na voz e na dança.
O SPC transformou o Ibirapuera em um grande coral. O público acompanhou a banda em todas as músicas e soltou a voz nos principais sucessos – e são muitos. “Depois do Prazer” e “Que Se Chama Amor”, entre outras, reservaram momentos marcantes. O SPC ainda homenageou Jorge Ben Jor, tocando três canções do ícone da música brasileira: “Mas Que Nada”, “Taj Mahal” e “País Tropical”.
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