Zak Starkey deu mais uma declaração sobre sua saída da bateria do The Who. Pelas redes sociais, o ex-integrante da banda explicou que não foi demitido, mas “aposentado”.
“RUÍDO E CONFUSÃO!!!! Tive uma ótima conversa por telefone com Roger no final da semana passada, o que realmente deixou nós dois confusos!!! Rog disse que eu não tinha sido ‘demitido’… eu tinha sido ‘aposentado’ para trabalhar em meus próprios projetos“, escreveu Starkey na última segunda-feira (26).
Complementando, o filho de Ringo Starr revelou mais detalhes sobre seus projetos independentes em paralelo à compreensão do vocalista Roger Daltrey:
“Expliquei ao Rog que tinha acabado de passar quase 8 semanas no meu estúdio na Jamaica, concluindo esses projetos, que meu grupo Mantra Of The Cosmos lançaria um single no início de junho e, depois que isso acontecesse (geralmente 5/6 semanas), eu estaria completamente disponível para o futuro próximo. O Rog disse ‘Ah!’ e nós meio que deixamos por isso mesmo – em bons termos e grandes amigos, como sempre fomos. Adoro esses caras. Como minha mãe costumava dizer: ‘É de cair o queixo!!!‘”
A nota chega após a informação de que Zak Starkey teria sido demitido do The Who por duas vezes em menos de um mês.
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Entenda o que aconteceu
Em abril, o The Who havia anunciado a saída do baterista Zak Starkey, que estava na banda desde 1996, há quase três décadas. Em um comunicado à imprensa, um representante do grupo afirmou que esta foi uma “decisão coletiva” após apresentações no evento beneficente Teenage Cancer Trust, realizado no Royal Albert Hall, em Londres, na Inglaterra, no último mês de março.
Segundo reportado pelo portal britânico Metro, o vocalista Roger Daltrey e o baterista tiveram desentendimentos durante uma das performances. Enquanto tocavam a faixa “The Song Is Over”, o cantor parou a apresentação no meio para reclamar sobre a bateria.
Inclusive, Zak havia se manifestado em nota, publicada pela People, dizendo: “Estou muito orgulhoso dos meus quase 30 anos com o The Who. Calçar os sapatos do meu padrinho, o ‘tio Keith’ [Keith Moon, baterista original do grupo], foi a maior honra da minha vida, e continuo sendo o maior fã deles. Eles foram como uma família para mim. Depois de tocar essas músicas com a banda por tantas décadas, fico surpreso e chateado que alguém tenha tido problema com a minha performance naquela noite, mas o que posso fazer?”.
Porém, depois de toda a polêmica, no último dia 19 de abril, o The Who confirmou que Zak permanece na banda. Uma nota assinada pelo guitarrista Pete Townshend afirmou que ambos os lados conversaram e chegaram num acordo:
“Houve alguns problemas de comunicação, pessoais e privados de todos os lados, que precisavam ser resolvidos — e isso foi feito, felizmente. Roger e eu gostaríamos que o Zak ajustasse seu estilo de bateria mais recente, que evoluiu, para se adequar à nossa performance sem orquestra, e ele prontamente concordou. Assumo a responsabilidade por parte da confusão. Nossos shows no Royal Albert Hall foram um pouco complicados pra mim. Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar completamente de uma cirurgia de substituição total do joelho, mas estava enganado.
Talvez não tenhamos dedicado tempo suficiente aos testes de som, o que nos deu problemas no palco. O som no centro do palco sempre é o mais difícil de lidar. Roger não fez nada de errado além de ajustar seu retorno. Zak cometeu alguns erros e pediu desculpas. Somos uma família. Isso explodiu muito rápido e recebeu atenção demais. Já passou. Agora seguimos em frente com otimismo e fogo no coração.
Quanto ao Roger, os fãs poderão curtir seus próximos shows solo com seu baterista fantástico, Scott Devours, de quem se especulou que poderia substituir Zak no The Who — ele sempre foi um grande apoiador da banda. Devo a Scott um pedido de desculpas por não ter desmentido esse boato antes que se espalhasse. Ele se magoou com isso. Prometo pagar uma bebida bem longa pra ele e dar um abraço.”


