A cantora franco-caribenha, Adi Oasis, estabeleceu-se nos últimos anos como uma das maiores baixistas da atualidade e uma cantora com uma presença de palco inegável. Iniciando sua carreira na banda The Crowd, e desde 2018 liderando sua carreira solo, a artista traz uma discografia com influências do funk, soul e R&B.
Durante a sua passagem pelo Brasil, Adi reservou um tempo de sua agenda para vir aos estúdios da Alpha FM e conversar conosco a respeito do seu disco mais recente: Lotus Glow.
Com um toque mais íntimo, o disco fala sobre maternidade, feminilidade e negritude.”Eu falo sobre minha história. Parecia que esse álbum veio em um momento em que eu me sentia confiante em meu lugar como artista solo. Por isso que se chama brilho de lótus, como o florescimento da flor de lótus”, comenta a cantora com entusiasmo.
Além disso, as grandes referências de Adi fazem uma aparição no disco, como na faixa “Serena”, em que a compositora fala sobre uma das maiores atletas de todos os tempos: Serena Williams.
Adi Oasis e Luedji Luna
A vinda, contudo, da artista ao Brasil não foi uma escolha ao acaso. A cantora brasileira Luedji Luna fez um feat para este projeto, e as duas cantaram juntas, inclusive, na apresentação aqui em São Paulo, na Audio. “Nós queríamos fazer algo para o Brasil. Nós queríamos fazer algo em português, só porque tem um público aqui e eu queria fazer algo que me conectasse com eles. Já faz algum tempo que sou fã de Luedji. Aliás, essa música é sobre maternidade e, e feminilidade e sensualidade, e ela representa todas essas coisas e é muito vocal sobre isso.”
O lado B do Spotify
Entretanto, apesar de sua voz doce, no momento de falar sobre assuntos sérios, a multi-instrumentista trouxe uma realidade dura para os artistas independentes.
Quando questionada, ademais, a respeito da sua opinião sobre o mercado digital e os serviços de streaming, Adi respondeu o seguinte: “Nós precisamos receber mais! Eu acho que há algo ótimo no streaming porque ele permite que os artistas cheguem e sejam conhecidos. Mas precisamos encontrar um meio-termo. Com artistas do meu nível, quando você tem cerca de 40 milhões de streams em uma música e continua apenas pagando o aluguel, há um problema.” responde de forma contudente.
Confira o bate-papo completo abaixo:
Leia também: Beyoncé explica objetivo por trás de “Cowboy Carter”: “quebrar barreiras”