Dia Nacional dos Deficientes Auditivos: a importância da data

Nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, é comemorado o Dia Nacional dos Deficientes Auditivos. A data é um símbolo da luta de pessoas com deficiência auditiva por direitos no Brasil, que vão desde acesso a lazer, saúde de qualidade e emprego, até comunicação acessível por meio da Língua de Sinais, conhecida como LIBRAS.

Aliás, segundo o Instituto Locomotiva, cerca de 10,7 milhões de brasileiros possuem esse tipo de deficiência. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem 500 mil pessoas surdas ao redor do mundo. A estimativa é que em 2050 esse número cresça para 1 bilhão.

Como surgiu o Dia Nacional dos Deficientes Auditivos

Inclusive, a escolha da data para celebração não foi por acaso. Anteriormente, há 167 anos, no dia 26 de setembro de 1957, o professor francês Ernest Huet fundou o “Instituto Nacional de ‘Surdos Mudos’ do Rio de Janeiro”. Huet, por sua vez, tinha deficiência auditiva e já havia fundado uma escola para surdos na França, na cidade de Bourges.

No Brasil, o professor replicou os métodos usados para o ensino de pessoas com deficiência em Paris. Atualmente, a instituição atende pelo nome de “Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)” e oferece educação tanto na língua portuguesa quanto em LIBRAS. Inclusive, o curso de Língua Brasileira dos Sinais é gratuito.

Deficiência auditiva na música

Se engana quem pensa que pessoas com deficiência auditiva se mantém longe da música. Provavelmente, você não sabe, mas dezenas de artistas contemporâneos do cenário musical vivem com condições relacionadas à audição. Por exemplo, o vocalista do Coldplay, Chris Martin, sofre de “Tinnitus”, popularmente conhecido por zumbido no ouvido. O cantor revelou a condição em 2012 em entrevista ao tabloide The Mirror.

Além disso, o vocalista e guitarrista da icônica banda de rock Kiss, Paul Stanley, é virtualmente surdo no ouvido direito. Isso porque o cantor nasceu com deformidade congênita na cartilagem do ouvido, Microtia 3. De acordo com Stanley, a deficiência auditiva não afetou sua relação com a música.

“Eu posso não ouvir música como outras pessoas ouvem, mas não tenho nada para comparar, ou não tive na maior parte da minha vida. Eu não senti que perdi algo. Não tenho senso de direção auditiva, ainda assim não tenho problema em mixar um álbum de estúdio”, disse o músico à CNN em 2013.

Anos mais tarde, em 2019, o vocalista da Kiss compartilhou à People que decidiu que viraria artista após sofrer bullying por conta de sua deficiência. “Sinceramente, a ideia de ficar famoso foi uma maneira de jogar na cara das pessoas e falar ‘Veja, você deveria ter sido mais legal comigo’.”

Contudo, ele passou a lidar com a fama e com a surdez de outra maneira. “Eu fui sortudo o suficiente para ter sucesso e perceber que, na verdade, não mudou nada. Então, fui muito abençoado, porque em um determinado momento isso pode ser uma decepção”, afirmou.

 

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