Quando o assunto é adaptação, discussões são sempre acaloradas, especialmente quando se trata de franquias de longa data e queridas pelo público. Afinal, é difícil agradar todos os gostos. Dessa forma, com a chegada de “Coringa: Delírio a Dois”, a caracterização de Lady Gaga com Arlequina gerou burburinho entre os fãs da DC Comics.
Ainda mais, com o lançamento do trailer da sequência do “Coringa” de 2019, ficou claro que a abordagem envolvendo a vilã seria diferente do que visto anteriormente.
Decerto, assim como em seu precedente, o novo longa com enfoque no Coringa se desprende completamente das eletrizantes cenas de ação, comuns em filmes do universo Gotham. Isto é, “Delírio a Dois” apresenta seus personagens sob prisma íntimo, mostrando o caráter visceral de suas particularidades.
Arlequina nos quadrinhos
A primeira aparição de Harleen Quinzel foi nos quadrinhos “Batman: Louco Amor”, de 1993. Inicialmente, a personagem era uma jovem psiquiatra trabalhando no Asilo Arkham, onde o Coringa se estava preso.
Desse modo, trabalhando continuamente com o palhaço assassino, Harley se vê manipulada, criando empatia pelo criminoso e, por fim, se apaixonando por ele.
“Eu admito, por mais anti-profissional que pareça, eu me apaixonei pelo meu paciente”, declararia a médica. Por consequência, Quinn produz sua própria vestimenta, inspirada em um bobo da corte e resgata o Joker do hospício.
Em conclusão, Arlequina e o Coringa vivem na clandestinidade um relacionamento dissoluto, causando tumultos por toda Gotham.
Arlequina de Lady Gaga
Em suma, Gaga já deixou claro que sua Palhaça Insana é completamente diferente das vistas anteriormente. Em essência, até a faceta pessoal da personagem muda, já que, em “Coringa: Delírio a Dois”, Arlequina é inicialmente uma paciente do Asilo Arkham e se chama Lee Quinzel.
“A voz aguda, o sotaque, a mastigação de chiclete e todo esse tipo de coisa petulante que está nos quadrinhos, nós tiramos.” disse Todd Phillips, diretor do filme, sobre a nova Harley Quinn. Por conseguinte, nos trailers já lançados, somos apresentados aspectos menos caricatos da mulher que se entrega à loucura pelo Coringa.
“Minha versão de Lee é muito diferente da dos quadrinhos, mas existem coisas que são inerentemente iguais… Eu queria a caracterizar autenticamente, de forma real. Ela carrega, de certa forma, elementos perigosos com ela o tempo todo.” disse Gaga sobre Arlequina.
Leia também: Afinal, “Coringa: Delírio a Dois” é realmente um musical?
