Em 2024, o Rock in Rio celebrou, antecipadamente, a edição de 40 anos de existência. Intitulada “Para Sempre”, a programação inovou ao apostar em novidades no evento musical, incluindo o chamado “Dia Brasil”. Sobretudo, muitos curtidores da Cidade do Rock, principalmente os que marcaram presença na inauguração do festival, se mostraram insatisfeitos com as mudanças.
Entre os destaques, há quem ache que o ‘rock’ no nome do evento se tornou enfeite nas realizações atuais. No ano passado, apenas um dia dos sete foi dedicado ao gênero. Então, comentando sobre o assunto, Roberto Medina, idealizador do RiR, explicou:
“O festival é uma festa; nunca foi um festival só de rock. Às vezes, o nome gera um pouquinho de confusão, né? Na época que eu criei, rock não era só um estilo, era um estado de espírito, uma coisa meio disruptiva. Essa conversa de que só tinha rock no festival e não tem mais é uma lenda urbana“. A declaração aconteceu em bate-papo com o G1.
Fato é que Medina realmente foca mais em diversificar o evento carioca. Como citado acima, a edição passada contou com uma data somente para artistas nacionais, colocando no palco, pela primeira vez, cantores sertanejos, sambistas e MCs. Para o futuro, Roberto pensa ainda maior: trazer artistas de K-pop para a Cidade do Rock.
“Não tenho problema algum em ter uma banda de K-pop no Rock in Rio. Não houve coincidência de datas com bandas grandes como Blackpink, mas estamos abertos a essa possibilidade”, declarou ele.
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Roberto Medina comenta sobre Mariah Carey no Palco Sunset
Outra mudança que chamou atenção no Rock in Rio 2024 aconteceu com Mariah Carey, que se apresentou no Palco Sunset. A estrutura em questão sempre foi tida por muitos como o “palco secundário” do festival. Assim, fãs não entenderam como uma artista do porte de Carey foi colocada para cantar por lá.
Sobre a decisão, Roberto Medina disse: “Eu entendi as reclamações, porque as pessoas ainda não sabiam que o Sunset teria o mesmo tamanho e estrutura do Palco Mundo. Sempre há reclamações e converso muito com os artistas sobre isso. Sabemos que 25% das reclamações vêm de haters que sempre vão reclamar. Para mim, o resultado foi muito bacana, porque a gente carimbou a ideia de que é um palco da mesma dimensão do Mundo. E tem mais uma coisa: quando surgiu a oportunidade de trazer a Mariah, já estávamos comprometidos com outros artistas no Palco Mundo.”