O cinema sempre foi um espaço de inovação, e muitas mulheres ajudaram a moldar a sétima arte com suas contribuições marcantes. Seja na direção, no roteiro ou na produção, essas cineastas desafiaram barreiras e influenciaram gerações de artistas. Confira algumas das mulheres que revolucionaram o cinema.
Agnès Varda: a mãe da Nouvelle Vague
Muito antes de o cinema francês ser dominado por nomes como Jean-Luc Godard e François Truffaut, Agnès Varda já inovava na forma de contar histórias. Com Cléo das 5 às 7 (1962), ela criou uma narrativa única, misturando documentário e ficção. Sua filmografia inspirou não apenas o movimento da Nouvelle Vague, mas cineastas do mundo todo.
Kathryn Bigelow: a primeira mulher a vencer o Oscar de direção
Por décadas, o Oscar de Melhor Direção foi um território exclusivamente masculino, até que Kathryn Bigelow quebrou essa tradição em 2010 com Guerra ao Terror. Além de se destacar em filmes de ação e guerra – gêneros tradicionalmente dominados por homens –, Bigelow abriu caminho para novas gerações de diretoras.
Greta Gerwig: do indie ao mainstream com identidade própria
Greta Gerwig começou sua carreira no cinema independente, mas foi na direção que deixou sua marca. Lady Bird (2017) e Adoráveis Mulheres (2019) mostraram sua sensibilidade ao retratar personagens femininas complexas. Com Barbie (2023), Gerwig entrou para a história como a diretora de maior bilheteria da história, provando que o cinema feito por mulheres pode ser comercial e artisticamente poderoso.
Ava DuVernay: pioneira na representatividade negra no cinema
Ava DuVernay fez história ao se tornar a primeira diretora negra indicada ao Globo de Ouro de Melhor Direção por Selma (2014). Além disso, foi a primeira mulher negra a dirigir um filme com orçamento superior a 100 milhões de dólares (Uma Dobra no Tempo). Seu trabalho vai além das telas, sendo uma voz ativa na luta por maior diversidade na indústria cinematográfica.
Sofia Coppola: a estética e a sensibilidade feminina no cinema
Sofia Coppola criou um estilo único, misturando melancolia e sofisticação em filmes como As Virgens Suicidas (1999) e Encontros e Desencontros (2003). Foi a primeira mulher americana a vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes com O Estranho que Nós Amamos (2017), consolidando seu talento na indústria.
Chloé Zhao: quebrando paradigmas em Hollywood
Chloé Zhao se destacou no cinema independente até conquistar Hollywood. Com Nomadland (2020), tornou-se a segunda mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção e a primeira asiática a receber o prêmio. Seu olhar documental e narrativas minimalistas criam filmes sensíveis e visualmente impactantes.