Existem poucas pessoas com mais autoridade na fama do que Paris Hilton e Sia. Enquanto Sia se destaca por sua música, composições e voz singular, Hilton é marcada por sua personalidade pública de garota festeira e influencer, junto de seu reality show “The Simple Life”, além de seus projetos de moda, seu documentário de 2020 e o livro de memórias de 2023. Esses últimos ofereceram uma visão aprofundada do que estava acontecendo nos bastidores de sua vida – tema da nova música que elas fizeram em colaboração.
Assim, toda essa história se funde em “Fame Won’t Love You”, a faixa colaborativa co-escrita e co-cantada por Hilton e Sia, lançada nesta sexta-feira (19). A canção é o primeiro single do próximo álbum da influencer. Destacado por ser seu primeiro LP em 18 anos, o projeto sai em junho.
Esse encontro estrelado ganhou vida após elas estarem juntas na véspera de Ano Novo de 2023. Na ocasião, as duas, junto de Miley Cyrus, se reuniram para apresentar “Stars Are Blind” no especial de feriado da antiga atriz da Disney.
Sia e Hilton falam sobre a parceria
Conversando com a Billboard pelo Zoom, as duas discutiram sobre a fama, a música que escreveram, o renascimento de “Stars Are Blind” e muito mais.
Confira alguns dos principais trechos da entrevista abaixo;
Billboard: Vamos falar sobre a música. Como vocês acabaram trabalhando juntas?
Sia: “Bem, nós nos apresentamos com Miley Cyrus no penúltimo ano novo. Paris estava tão nervosa, e eu estava com tanto calor, porque minha peruca fervia em Miami. Portanto, Paris estava morrendo de nervosismo e eu de calor. Fui até ela e pensei: ‘Vai ficar tudo bem. Você vai ser incrível. Você consegue.’ Então ela colocou o leque em mim e me deixou bem. Eu simplesmente senti que nossa amizade foi formada naquele momento, onde não era uma relação de dar apenas, e sim de entregar, receber. Era o tipo de relacionamento recíproco que gosto de ter.”
Obviamente a música é sobre como a fama não pode te dar amor verdadeiro. Como duas pessoas extremamente famosas como vocês enxergam essa mensagem?
Paris Hilton: “Para mim, enquanto crescia, coloquei muito do meu valor e felicidade em coisas como fama ou beleza. Assim, coisas que, no longo prazo, não importam tanto quanto a família. Agora, ao me tornar esposa e mãe de meu filho e de minha filha, sei o que é importante na vida e o que realmente me faz feliz. Porque todos os pensamentos que eu considerava tão importantes muitas vezes me deixavam com uma sensação de vazio e solidão.”
Há uma frase no refrão que diz “a fama não vai te amar como uma mãe”. Como o fato de se tornarem mães mudou sua relação com a fama?
Sia: “Direi que é melhor que qualquer droga. É melhor do que alguém rir das minhas piadas. Melhor do que alguém aplaudir meu canto. Do que ganhar um prêmio. Também melhor do que cantar com alguém que admiro há um milhão de anos. É melhor que tudo isso. É enriquecedor.”
Paris Hilton: “Vou chorar. Oh meu Deus.”
Paris, como Sia estava dizendo, ser uma estrela pop e fazer outro álbum era um sonho antigo para você. Por que isso está acontecendo agora?
Paris Hilton: “Acabei de me concentrar. Tenho minha empresa de mídia, ‘11:11 Média’; Tenho minhas 30 fragrâncias, minhas 19 linhas de produtos. Tenho administrado meus negócios e sido um magnata.
Mas a música sempre foi minha paixão; ela é o que sempre me fez feliz. É o que eu amo fazer. Adoro ser empresária e empreendedora, isso é fantástico, mas o que mais me deixa feliz é estar no palco me apresentando e fazendo música.”
Quais são suas melhores lembranças da sessão de gravação?
Paris Hilton: “Estando no estúdio com Sia na casa dela, eu literalmente nem sabia que conseguia cantar daquele jeito. Ela tirou algo de mim que ninguém jamais conseguiu. Porque nunca me senti confortável com as pessoas no estúdio. Ninguém realmente sabe disso, mas na verdade sou uma pessoa muito tímida, extremamente tímida. Mas com ela, eu me sinto tão confortável que realmente cantei de maneiras que nunca imaginei que fossem possíveis.”
Sia: “Você realmente deixou seu espírito voar. Foi fantástico. Você simplesmente abaixou os punhos e meio que pisou no chão e cantou com a voz mais alta que já ouvi você cantar. Foi tão bonito. Foi como uma espécie de libertação.”