Por que Sting se apresentou no Brasil com um power trio?

Músico realizou as recentes apresentações no país acompanhado do guitarrista Dominic Miller e baterista Chris Maas

Após oito anos, Sting voltou ao Brasil. Com a turnê “Sting 3.0”, o eterno vocalista e baixista do The Police trouxe uma apresentação memorável e nostálgica para o Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, entre os dias 14 e 18 de fevereiro.

Apesar do histórico do músico, o formato do espetáculo ainda assim surpreendeu uma parcela dos fãs. Basicamente, o artista tocou com um power trio, formado ainda pelo guitarrista Dominic Miller – seu colaborador de longa data – e pelo baterista Chris Maas.

Sting revelou a sua nova formação de apoio em março do ano passado. Agora, durante entrevista para Erich Thomas Mafra ao jornal Gazeta do Povo, o astro explicou por que optou por tocar com apenas outros dois integrantes no palco.

Ele disse:

“Eu tenho alguma experiência tocando em uma banda com três integrantes. Senti que seria interessante voltar a isso após tocar em tantas outras configurações com bandas maiores, com sete instrumentos, oito ou até uma orquestra preenchendo todas as frequências com som. Voltar a tocar em trio exige que você tire um monte de coisas das músicas. Tudo que você tem é apenas a estrutura básica, o esqueleto, que deve ser robusto o suficiente para aguentar essa subtração. Tem sido uma jornada interessante, porque as canções são fortes. E, de muitas formas, tirar o excesso abrilhanta a música, trazendo mais clareza para ela. Isso me faz trabalhar mais, mas acaba tornando o show mais divertido. Há um grande sentimento de realização no fim da noite, só por conseguir fazer isso.”

Como foi o show de São Paulo? 

Uma das maiores surpresas da apresentação na capital paulista, ocorrida no último domingo (16), ficou em “Synchronicity II”, que não apareceu no repertório do Rio de Janeiro, nem dos outros shows realizados em 2025.

Claro que sucessos como “Englishman In New York”, numa versão mais orientada ao reggae, “Shape of My Heart”, “Desert Rose” e “Fields of Gold” também não poderiam faltar. Cada música ganhou uma animação especial num grande telão posicionado ao fundo do espaço, que funcionava quase como uma espécie de ambientação.

Sting decidiu encaminhar o espetáculo para o fim com dois dos maiores clássicos do The Police responsáveis por colocar a animação lá em cima: “Every Breath You Take” e “Roxanne”. “Fragile”, na qual tocou violão sentado, encerrou a performance de maneira terna e deixando um gostinho de “quero mais”.

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