O Procon São Paulo continua buscando entender o vazamento de dados que atingiu milhões de pessoas, no final do mês de maio deste ano. As informações estavam no site da empresa Ticketmaster, responsável pela comercialização de ingressos de grandes eventos.
Assim, segundo o órgão de defesa paulista, a organização privada não forneceu devolutivas “satisfatórias” em relação ao caso.
“Além de não apresentar evidências que comprovam como tem certeza de que os dados dos consumidores brasileiros não foram vazados, a Ticketmaster não detalhou sua política de mitigação de danos aos cidadãos após exposição de dados, como: imediata anonimização de dados, exclusão de dados prescindíveis, instauração de processo investigatório interno com ampla divulgação aos lesados, dentre outros”, pontuou o Procon em seu site oficial.
Contudo, apesar de, até agora, não haver registros de reclamações acerca do vazamento, o órgão comunicou que encaminhará a situação para a equipe de fiscalização adotar as providências conforme as determinações do Código de Defesa Do Consumidor.
Sobre o que aconteceu
No dia 1º de junho, a Live Nation, proprietária da Ticketmaster, confirmou a existência de uma “atividade não autorizada” em seu banco de dados. Ademais, a declaração ocorreu após um grupo de hacker, batizado ShinyHunters, confirmar ter roubado dados pessoais de 560 milhões de clientes.
Entre as informações roubadas, estavam nomes, endereços, números de telefone e detalhes parciais de cartão de crédito de usuários da Ticketmaster em todo o mundo.
Na ocasião, os criminosos chegaram a exigir um pagamento de “resgate” no valor de S$ 500 milhões, ou R$ 2,6 bilhões, para evitar que os dados tivessem como destino outras partes.
No Brasil, a Ticketmaster é responsável pela venda de ingressos de grandes festivais, incluindo o Rock in Rio. O evento carioca tem capacidade diária para 250 mil pessoas. Na edição de 2024, serão 7 dias de programação musical.
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