Sebastião Salgado e o passado inusitado como cantor

Considerado um dos maiores do mundo, fotógrafo morreu aos 81 anos nesta sexta-feira (23)

Sebastião Salgado, fotógrafo e fotojornalista brasileiro considerado um dos maiores do mundo, morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. A informação foi divulgada pela organização não-governamental Instituto Terra, fundada por ele.

Ao longo de sua carreira de cinco décadas, o profissional conheceu mais de 100 países e recebeu inúmeros prêmios. O retrato do garimpo em Serra Pelada, no Pará, em 1986, é um de seus trabalhos mais conhecidos. Uma daquelas fotos entrou para o ranking de imagens mais representativas da modernidade, segundo o jornal The New York Times.

Mas, para além da fotografia, Salgado, curiosamente, teve um passado como cantor. Durante entrevista à revista Piauí, ele revelou que participava frequentemente de um programa de calouros em rádio quando criança:

“A Rádio Cultura, de Aimorés, transmitia um programa de calouros que me fascinava. Os candidatos se apresentavam ao vivo, no estúdio da própria emissora. Eu me saía bem, viu? Aos 8 anos, tirei até uma carteira profissional de cantor.”

Apesar de ter deixado a cantoria de lado, o fotógrafo ainda continuou ligado à música, como pontuou:

“No início de minha carreira, usava câmeras analógicas com filmes de 36 poses. Era um problemaço. Eu perdia a concentração sempre que o filme acabava. O simples ato de rebobinar a película, retirá-la da máquina, guardá-la e substituí-la já me roubava o foco. Com o tempo, notei que permaneceria concentrado se cantasse enquanto fotografava e prosseguisse cantando no momento de trocar o filme.”

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