O Alpha Social surge para dar voz a quem se solidariza com as pessoas em situação de vulnerabilidade social e seu principal objetivo é tocar em quem pode e deseja ajudar. Com o agravamento da pandemia da Covid-19, muitas instituições se reuniram para apoiar aqueles que mais precisam.
Uma delas é a organização “Se tem gente com fome, dá de comer!”. Formada por uma Coalizão Negra em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades e outros. O projeto lançou uma campanha em março desse ano, com o intuito de arrecadar fundos e ações emergenciais no enfrentamento da crise. Segundo a coordenadora da iniciativa, Adriana Moreira, a principal intenção é juntar forças de modo a construir uma grande rede de apoio nacional com a finalidade de construir a campanha “Tem Gente Com Fome”, cujo título retoma o poema de Solano Trindade.
A ação pretende atingir diretamente 226 mil famílias distribuídas em todos os estados: famílias de comunidade ribeirinhas, territórios quilombolas, territórios indígenas e favelas nas mais diversas cidades do Brasil. Indiretamente, o trabalho pretende assistir e apoiar iniciativas populares de arrecadação e distribuição de alimentos locais que também ajudam a minimizar os problemas da população.
Adriana relata que as famílias já eram atendidas pelos trabalhos das organizações que integram a Coalizão Negra por Direitos do ano passado e até agora a campanha já alcançou a marca de mais de 7 milhões de reais em doações. “Temos interesse em ampliar nossas ações de apoio humanitário, mas também temos a compreensão de que apenas a distribuição de cestas básicas não resolverá o problema. Nesse momento, toda a ajuda é bem vinda e necessária para que possamos atender às 226 mil famílias e ampliar os atendimentos”, reforça a voluntária.
Segundo a coordenadora do Tem Gente com Fome, a campanha está aberta a novas doações, ao diálogo, à aproximação e colaboração de todos os setores da sociedade. A maior parte das contribuições que o projeto é contemplado são de pessoas físicas, entretanto, também recebem ajudas do setor privado, por exemplo, uma expressiva doação do Twitter.
Além de doar 100 mil dólares, a rede social também contribuirá com créditos em publicidade para ampliar a campanha na plataforma. “Foi a dificuldade de arrecadação das organizações isoladas no território que impulsionou a criação da campanha. Em um mês arrecadamos 7 milhões, o que de fato é uma quantia expressiva, todavia, suficiente para atender apenas 30 mil famílias. Portanto, ainda temos muito trabalho pela frente para conseguir atingir o nosso objetivo.” afirma Adriana Moreira.