Roberto de Carvalho, viúvo e eterno colaborador de Rita Lee, surpreendeu ao divulgar nesta segunda-feira (10) uma música inédita da cantora. Intitulada “Voando (Nel Blu Dipinto Di Blu)”, a faixa é uma versão em bossa nova de “Volare”, lançada originalmente pelo italiano Domenico Modugno.
Felizmente, as novidades não param por aí. Sobretudo, muito em breve, os fãs terão acesso à inúmeros materiais deixados pela Rainha do Rock.
Conforme O Globo, há um caderno com cerca de 400 páginas, cheio de tuítes inéditos da musicista – conhecida justamente pelas postagens bem-humoradas nas redes sociais. Segundo DJ João Lee, um dos filhos da artista, ainda há muitas letras registradas no iPad deixado pela mãe:
“Os tuítes nunca foram publicados. E são todos escritos à mão. As pessoas vão ler como ela escreveu. Alguns têm até rasura. É como se ela estivesse aqui. A quantidade de letra que ela tem é incalculável. Eu peguei o iPad dela, onde escrevia inclusive os livros, e não consigo te dizer a quantidade de letras inéditas que tinha, talvez sejam centenas. Tem bastante coisa. Eu acho que eu, como filho, vou ter ela presente durante todo esse tempo, e os fãs também. Tem muita coisa inédita.”
Mais projetos póstumos de Rita Lee
Já para a revista Piauí, Roberto explicou que, pouco a pouco, faz novas descobertas. Em suma, como citado, existem, por exemplo, ensaios em fitas-demo nunca mostrados, além de duas músicas gravadas para um projeto chamado “Bossa‘n’movies”.
“Ainda estou descobrindo o que ela deixou. Tem muita coisa. Dia desses, encontrei um caderno cheio delas.”
Anteriormente, desta vez para Veja, o artista destacou os planos de idealizar uma cinebiografia, soltar para o público imagens profissionais de shows e até de, talvez, fazer uma nova exposição. Assim, ressaltou:
“Existe o projeto de uma cinebiografia, tem ainda documentários e filmes. Tenho interesse em fazer um filme sobre nossa história de amor, uma love story musical. Temos, ainda, muitos shows ao vivo gravados e algumas músicas inéditas (mas não muitas). Lançaremos em disco a apresentação que fizemos em 2002 no Luna Park, em Buenos Aires, por exemplo. Li que Paul McCartney vai usar inteligência artificial para restaurar a voz de John Lennon em uma fita demo. Também temos coisas gravadas em fitinhas cassetes dos anos 1970 e 80. Quem sabe o que pode acontecer? É necessário tempo e tecnologia para que essas coisas sejam feitas.
Temos tanto material que daria para fazer dois museus. Eu adoraria fazer isso. Mas a primazia do nome é de Rita. Museu Rita Lee. Seria incrível. Durante a pandemia, fizemos uma exposição que foi um sucesso.”