A banda Al McKay Allstars fez o público matar a saudade dos sucessos dos anos 1970 e 1980 de Earth, Wind & Fire. Na noite desta quinta-feira (21), o grupo se apresentou diante de um Espaço Unimed, em São Paulo, praticamente lotado. Nesta sexta (22), aliás, tem mais um “Earth, Wind & Fire Expericence by Al McKay”, mas no Rio de Janeiro.
Antes de mais nada, é preciso dizer que o fundador da banda, o ex-guitarrista de EWF Al McKay, não estava presente e não tem performado mais. A informação foi confirmada por um integrante da equipe técnica dos Allstars em conversa com a Alpha FM. Sem dar mais detalhes, essa pessoa disse que McKay estava em casa.
Apesar disso, o show aconteceu normalmente e com grande aprovação do público, que aplaudia com entusiasmo música após música. Um dos vocalistas da banda, Tim Owens disse, em inglês, que era “muito bom” estar no Brasil. “Fazia muito tempo que a gente não vinha, é bom sentir o amor e a energia de vocês. Nós amamos esse país”, completou.
Owens, Devere Duckett e Claude Woods Jr., vestidos com roupas africanas, se revezavam e complementavam nos vocais, em tons graves, médios e principalmente agudos, de forma impecável. O trio divertia-se dançando pelo palco. Instrumentalmente, a Al McKay Allstars mostrou por que estava na estrada há 25 anos.
Os espectadores puderam ouvir solos de guitarra, piano e saxofone. Durante as canções, os instrumentos de sopro e de percussão eram bastante marcados e ritmados, colaborando para o frenesi. Em uma entrevista no ano de 1983, o eterno líder do Earth, Wind & Fire, Maurice White (falecido em 2016), disse que o samba e o EWF, que bebeu do jazz e R&B, tinham as mesmas raízes, a África.
Melhores momentos do show
Al McKay Allstars tocou vários hits de EWF em pouco menos de 2h00 de apresentação. Dentre as faixas presentes, estavam: Got To Get You Into My Life, Saturday Nite, Shining Star e After the Love Has Gone. Nesta última, do álbum I’Am (1979), o público cantou alto com os músicos pela primeira vez na noite.
O trio vocal não falava quase nada de português, exceto um ocasional “obrigado”. Entretanto, sabia mexer com a plateia através de jogos de sons, pedindo para que ela repetisse, assim como gestos, numa espécie de brincadeira conjunta.
A solicitação para que todos ficassem de pé, livres para dançar mais à vontade entre as mesas de jantar, ocorreu ao início da música In the Stone. A temperatura escalou com a famosa Fantasy e, depois disso, poucas pessoas retornaram às cadeiras. Let Your Feelings Show também agradou.
As melhores ficaram para o fim: September, composição de Al McKay e Maurice White, Boogie Wonderland e Let’s Groove, a mais animada, encerrando os trabalhos.
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