Em 10 anos, o Coala Festival, em São Paulo, tem reiterado em agregar na programação grandes encontros da música brasileira e alguns shows históricos. Não foi diferente na abertura do evento deste ano, nesta sexta-feira (6), no Memorial da América Latina.
Ainda que despretensiosamente, o festival foi o palco da última apresentação da vida de Gal Costa, em 2022, que morreria menos de dois meses adiante. Aquele show de Gal contou com as participações de Rubel e Tim Bernardes.
Dois anos mais tarde, Bernardes é quem faz com que o último show no Brasil de O Terno, banda liderada por ele, seja no Coala Festival. Desta vez, porém, se tratou de uma escolha a dedo. O Terno dará uma pausa por tempo indeterminado após uma pequena turnê de despedida no exterior, em novembro.
Por isso, a banda entregou tudo nesta sexta, e a multidão agradeceu. A reportagem da Alpha FM flagrou Lulu Santos, um dos maiores hitmakers do país, acompanhando o show. Lulu encerrará a segunda noite do Coala neste sábado (7).
Mas antes que O Terno desse adeus, dois artistas de apuradíssima técnica e inteligência musical trataram de levantar o público: Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes. Em junho, Calcanhotto fizera uma dobradinha com Rubel no Turá, outro festival de brasilidades.
Agora, ao lado do ex-Titãs, seguiu à vontade, ela que já gravara composições de Arnaldo, como “Estrelas” e “Saiba”. O show teve momentos de duplas e solos, Calcanhotto, por exemplo, cantou sozinha “Esquadros” e “Vambora”, enquanto Antunes, “A Casa é Sua”. Bom mesmo era a combinação das duas vozes principalmente em canções bem conhecidas do público, como “Velha Infância”, “Fico assim sem você” e “Comida”.
Outras considerações
Além disso, o cantor e compositor Lenine e o percussionista Marcos Suzano agitaram a pista do Coala que começava a encher perto do fim da tarde. Lenine e Suzano fizeram um espetáculo comemorativo de 30 anos de “Olho de Peixe”, álbum que revelou os dois e se mantém atual, segundo a crítica especializada.
O último destaque fica por conta de mais um reencontro de Flávio Venturini com a banda que ajudou a fundar, em 1979, o 14 Bis. O irmão Cláudio lidera o grupo mineiro desde 1989. Para esse show, houve a presença de outro ilustre músico de Minas Gerais: Beto Guedes, o qual pôde editar uma parceria de guitarras com Cláudio. Esta confraternização não foi no palco principal, mas no Auditório Simón Bolivar, parte do complexo do Memorial da América Latina.
Talvez, a proximidade e coexistência de horários deste show com o dueto de Adriana e Arnaldo tenha sido a maior crítica em relação ao primeiro dia do evento. Em relação ao restante, conferido pela Alpha FM, praticamente tudo nos conformes. Boas opções de comida, drinks, locais para comer e repousar, sem “muvucas” na área do palco principal ou filas nos banheiros.
Aliás! Siga a Alpha FM para ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo da música, entretenimento e cultura.