Contrariando quem ainda acredita que “os discos de vinil saíram de moda”, o segmento de vendas físicas do mercado de música no Brasil registrou um crescimento expressivo em 2024.
Conforme o relatório Mercado Brasileiro de Música, produzido pela Pró-Música, a alta foi de 31,5% em 2024, retomando o mesmo patamar de 2017. Os vinis justamente ficaram responsáveis por impulsionar o aumento, dominando o setor com 76,7% do faturamento no ano passado (ou R$ 16 milhões). Em seguida, aparece o CD, com faturação de R$ 5 milhões. Os DVDs faturaram cerca de R$ 80 mil, enquanto outros formatos faturaram cerca de R$ 40 mil.
No geral, englobando vendas físicas e digitais, o mercado da música no Brasil movimentou R$ 3,08 bilhões, mantendo o país na 9ª posição da lista dos maiores mercados de música no mundo, segundo o ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
Contudo, o streaming ainda é o carro-chefe atualmente, somando 87,6% das receitas em todo o setor. Sozinhas, as plataformas digitais faturaram R$ 3,05 bilhões no ano passado, sendo 22,5% a mais que em 2023.
Por que os artistas atuais voltaram a acreditar no disco?
Diversos outros artistas da atualidade estão tomando a consciência de que este mercado pode ser uma grande oportunidade, não só de lucros, mas para expansão do próprio trabalho.
Mas, por que essa volta repentina no consumo dos discos de vinil?
Entre as particularidades do produto, se destaca a experiência de consumir música. Além de ser necessária uma preparação especial que se assemelha a um rital – seja tirando o disco da embalagem, colocando no tocador e movendo a agulha para o local correto – este processo acaba também contagiando outras pessoas que estiverem no mesmo espaço.
Ainda, as belas capas se tornam outros atrativos, servindo como itens de decoração na residência de muitos apreciadores de música.
Por fim, vale lembrar que os fãs mais fiéis costumam comprar todas os produtos disponibilizados por seus ídolos, incluindo os discos nesta lista.