O ex-astro da NFL (National Football League) e do cinema Orenthal James Simpson, mais conhecido como O.J. Simpson, morreu, aos 76 anos, nesta quarta-feira (10). O ex-jogador e ator, que enfrentou graves acusações criminais, tratava um câncer desde o ano passado.
A família de Simpson confirmou o falecimento em uma publicação no X (antigo Twitter). “No dia 10 de abril, nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à batalha contra o câncer. Ele estava cercado por seus filhos e netos. Durante este período de transição, a família pede que você respeite os desejos de privacidade e graça”, informou o comunicado.
O.J. Simpson começou a carreira no futebol americano universitário. Na função de running back pela Universidade da Califórnia do Sul (USC), ganhou o troféu Heismann, de melhor jogador da categoria, em 1968. O Buffalo Bills, time da NFL, escolheu o atleta na primeira posição geral do draft daquele ano. O RB atuou pelos Bills, entre 1969 e 1977, e pelo San Francisco 49ers, entre 1978 e 1979. Por conta do sucesso, logo depois, entrou para o Hall da Fama, em 1985.
Mesmo antes de se aposentar dos gramados, começou a se arriscar em Hollywood, fazendo fortuna com filmes, comerciais e programas de televisão. O.J. Simpson participou de “Os Homens Violentos do Klan” (1974), “Inferno na Torre” (1976), “A Travessia de Cassandra” (1976) e “Capricórnio Um” (1977). Além disso, esteve na minissérie “Raízes” (1977) e estrelou a franquia de filmes de comédia “Corra que a Polícia Vem Aí”, entre 1988 e 1994.
OJ SIMPSON E OS TRIBUNAIS
O nome da trilogia, porém, viraria um triste presságio. Apesar da trajetória artística e esportiva, Simpson também entrou para a história por uma acusação de assassinato, que sempre negou. Ele foi apontado como principal suspeito da morte da ex-esposa Nicole Brown Simpson e do namorado dela Ronald Goldman. Os dois foram encontrados mortos com marcas de faca na frente da casa dela, em Los Angeles, em 12 de junho de 1994.
A Polícia local foi atrás do ator, e ele fugiu de carro. Todas as televisões americanas pararam a programação, em meio ao jogo de abertura da Copa do Mundo nos Estados Unidos, para transmitir a perseguição. O alvo corria pela rodovia com várias viaturas atrás.
Em 1995, em um julgamento com transmissão ao vivo, a Justiça o considerou inocente. Mas, dois anos depois, ele perdeu uma ação indenizatória movida pela família das vítimas. Contudo, acabou pagando apenas uma parte da indenização de US$ 33,5 milhões.
A partir dali, tentou seguir a vida e apagar as marcas do abalo. Ainda revirando a situação, escreveu o livro “If I Did It” (2006), fazendo um relato hipotético sobre o duplo homicídio. No ano seguinte, acabou preso, junto de outros homens, depois de saquear um quarto de hotel com artigos esportivos colecionáveis, em Las Vegas.
Desta vez, foi considerado culpado em 12 acusações, incluindo assalto à mão armada e sequestro. Cumpriu pena de nove anos de prisão e saiu da cadeia em 2017. Ainda assim, a acusação de assassinato continuou em debate, principalmente sob o aspecto racial. O processo, aliás, virou tema de filmes e séries, como “O.J.: Made in America” (2016) e “The People v. O. J. Simpson: American Crime Story” (2016).
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