Segundo a Billboard americana, o grupo Sony Music vai adquirir metade do catálogo de Michael Jackson por um valor histórico. A negociação deve envolver US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões na cotação atual). Caso confirmado, será o maior acordo financeiro para os ativos de um único artista musical.
Aliás, fontes afirmam que músicas da Mijac Music (editora do cantor) que não são de sua autoria também fazem parte do negócio. Isso inclui 250 canções de Jerry Lee Lewis, Jackie Wilson, Curtis Mayfield, Ray Charles, Percy Sledge e Dion.
Em resumo, a estimativa é de que o catálogo completo do Rei do Pop gire em torno de US$ 1, 2 bilhão (ou seja, quase R$ 5 bilhões). Contudo, outros cálculos estimam um valor ainda maior, de US$ 1,5 bilhão (mais de R$ 7 bilhões).
Além de Michael Jackson: outras vendas de catálogos
Nos últimos anos, diversos nomes da música venderam ou tiveram seus catálogos vendidos além de Michael Jackson. Genesis, David Bowie, Bob Dylan, Bruce Springsteen, Sting e Justin Timberlake estão entre eles.
Em 2022, Daniel Campello, advogado e CEO da gestora administradora de direitos autorais Orb Music, explicou à Alpha que, em primeiro lugar, quando um compositor ou artista negocia o seu catálogo, ele está, na verdade, adquirindo antecipadamente a receita daqueles direitos.
O valor reflete quanto o material rendeu nos últimos anos e não a relevância do cantor ou quantidade de faixas e hits. “Você projeta isso para a frente e aplica algumas variáveis do mercado financeiro para trazer esses valores para o presente e conseguir remunerar o artista”.
Por fim, no Brasil, Paulo Ricardo e Toquinho realizaram acordos envolvendo direitos autorais, mas nenhuma grande venda surgiu no país até o momento. Para o especialista, ainda faltam informações sobre o assunto por aqui: “Os artistas acham que vão ser remunerados por causa de sua importância, mas não é assim que se faz essa conta. Os artistas de maior renome entendem que deveria ser pago um valor muito maior do que está sendo oferecido”.