Paula Toller revisita 40 anos de carreira e faz público dançar em SP

O quarto show de Paula Toller, 61, neste ano como parte da turnê Amorosa colocou o público para dançar, na noite deste sábado (9), em São Paulo. A ex-vocalista do Kid Abelha (1981-2016) fez uma viagem pelos 40 anos de carreira, cantando vários sucessos.

Ao todo, foram 25 músicas em cerca de 2h00 de apresentação, a maioria faixas da antiga banda e praticamente todo o primeiro LP, Seu Espião (1984). Mas também houve espaço para canções da trajetória solo, como Perguntas (2022), a última lançada pela artista.

Além disso, Paula Toller aproveitou para fazer tributos a cantores que já se foram. Falecida no ano passado, Rita Lee – a quem chamava de “nave-mãe” – ganhou a primeira homenagem com três “vivas” e interpretação de “Agora só falta você”.

O segundo homenageado foi Tim Maia e o terceiro, Chorão, do Charlie Brown Jr. Cantou em lembrança, respectivamente, “Não vou ficar”, conhecida na voz de Roberto Carlos, e Céu Azul.

Toller rendeu ainda agradecimentos a Liminha, 72, lenda viva da produção musical. Responsável pela direção da nova turnê, ele estava no palco, junto da banda, ao violão. “Você não sabe como é bom tocar com você”, agradeceu o ex-baixista de Os Mutantes.

Dançou e fez dançar

A temperatura do show, medida pelas vozes e requebros da plateia, oscilou conforme as músicas. Já Paula Toller manteve o bailado o tempo todo, sem bailarinos que a acompanhassem, se divertindo com os próprios passos.

Quinta música a ser tocada, “A Fórmula do Amor” produziu os primeiros ecos dançantes na Vibra São Paulo, lotada, com ingressos esgotados. A voz do público aumentou em “Na rua, na chuva, na fazenda”, regravação de 1996 do Kid Abelha para a composição de 1973 do cantor Hyldon de Souza Silva.

Na metade do show, Paula Toller repetiu o que vinha fazendo nos anteriores e convocou as pessoas a dançarem de pé em “Eu Amo Brilhar”. Não empolgou – de primeira – até vir a sequência arrebatadora: “Alice” e “Como eu quero”, quando bexigas vermelhas distribuídas pela produção coloriram o espaço, “Nada Sei” e “Eu tive um sonho”.

Nesta última, aliás, a plateia levantou-se sozinha e sem cerimônias. Estava formado o clima de baile em todos os setores da Vibra. Para muitos, a empolgação não mais permitia curtir sentado. Paula Toller se despediu, porém, voltou para tocar mais cinco músicas ao violão ao lado do guitarrista Gustavo Camardella. O arremate, ao lado de toda a banda, foi com o aguardado hit “Pintura íntima”. Fazer amor de madrugada

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