Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão: a música pode ajudar?

26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A doença, herdada dos pais em 90% dos casos, ataca coração, cérebro, olhos e vasos sanguíneos e pode paralisar o funcionamento dos rins.

De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2023, 45% dos brasileiros adultos convivem com pressão alta. Ainda conforme a pesquisa, só 1/3 das pessoas acometidas conseguem controlar o quadro. Apenas um médico é capaz de dar as direções para isso.

Uma aliada no controle da hipertensão pode ser a música. Os impactos dos estímulos auditivos sobre o corpo humano são alvo de estudos desde, pelo menos, a década de 1950. Em 2007 e 2009, um grupo de pesquisadores japoneses publicou duas pesquisas a respeito, expondo ratos anestesiados, ora à música erudita, ora a ruído branco.

No período em que os animais ouviram a composição ‘“Träumerei”, Kinderszenen Op. 15–7’, do pianista alemão Robert Schumann (1810-1856), houve redução tanto na pressão arterial, quanto na atividade do nervo simpático renal.

Últimos estudos sobre a relação música-pressão arterial

No Brasil, o Centro de Estudos do Sistema Nervoso Autônomo, ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), têm se debruçado sobre o tema desde 2012. O órgão tem o professor doutor Vitor Valenti na coordenação e recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A última pesquisa divulgada data de 2018. Os pesquisadores Eli Carlos Martiniano e Milana Drumond Ramos Santana analisaram se a música de Schumann tinha efeito em curto prazo sobre a dinâmica do coração após o consumo de remédio anti-hipertensivo. Um dia, os pacientes ouviam música com fone de ouvido nos primeiros 60 minutos após a administração do medicamento. Em outro dia, o fone ficava desligado.

Quando houve associação com a música, de acordo com o estudo, a resposta da variabilidade da frequência cardíaca (tempo entre batimentos) foi mais intensa e duradoura. No entanto, os estudiosos ressaltam que mais pesquisas devem ser feitas para comprovar se o recurso musical, de fato, potencializou ou melhorou a absorção dos medicamentos.

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