Fresno faz festa de audição histórica de novo álbum, “Eu Nunca Fui Embora”

Banda apresentou primeira parte do disco, que sai nesta sexta-feira (5), em festa para fãs e convidados na capital paulista

A Fresno está prestes a lançar o seu décimo álbum de estúdio. Intitulado “Eu Nunca Fui Embora”, o disco chega a público em duas partes, com a primeira saindo nesta sexta-feira (5).

Para comemorar o lançamento, a banda realizou uma festa de audição em São Paulo. Com ingressos pelo preço de R$ 20, os fãs logo esgotaram as entradas e compareceram em peso na Audio, localizada na Barra Funda.

A partir das 19h, o DJ Tintel começou a animar os presentes. Tocou músicas do Gloria, NX Zero, Hateen, Hevo84, Tragicômico, Simple Plan, Panic! at the Disco, The All-American Rejects, 30 Seconds to Mars, Restart e, claro, dos donos da noite. “Infinito”, “Quebre as Correntes”, “Vou Ter Que Me Virar”, “Deixa o Tempo” e “Já faz Tanto Tempo” integraram o repertório.

Então, ao som de “Casa Assombrada”, a Fresno, cheia de carisma e sorrisos, subiu ao palco.

Processo de criação do disco

“Que beleza encher uma casa sem show”, pronunciou o vocalista Lucas Silveira. A partir daí, o integrante, visivelmente emocionado, elaborou um “recap” e relembrou da gravação de um DVD que os músicos realizaram numa Audio recém-inaugurada em 2014.

Aliás, os membros aproveitaram a oportunidade para detalhar o processo de criação do novo trabalho, que começou há cerca de dois anos, após “Vou Ter Que Me Virar” (2021). Inicialmente, como explicado, compuseram, na ordem, “Eu Nunca Vou Embora” e “Quando o Pesadelo Acabar”. Enquanto estavam em Lisboa, em Portugal, dentro de um táxi, tiveram a ideia para a tonalidade verde do disco. Foi “tudo muito aleatório, gradual” e “feito a muitas mãos”.

Também não faltaram agradecimentos aos admiradores. Guerra destacou a energia do público e Vavo até brincou sobre uma aposta que fizeram nos bastidores: quantas pessoas entenderam errado e acharam que a festa, na verdade, era um show?

O carinho não ficou restrito às declarações. Pularam, tiraram várias selfies, levantaram bandeira, dançaram, pegaram pulseirinhas da amizade e interagiram o tempo inteiro com quem estava ali. Nas palavras do próprio Vavo, quem comprou o tíquete era, de fato, muito fã.

Não só isso: amigos da banda compareceram ao mezanino e acabaram descendo para o palco a pedido do próprio trio, que queria, no mínimo, 50 pessoas junto deles. Caco, do Nx Zero, Day Limns, Scalene, Jup do Bairro, entre outros nomes, foram vistos. Segundo Lucas, não são apenas bandas da cena: são bandas amigas. Equipe de mídia, empresários e assessoria completaram a farra. “É quase um enterro, mas a gente tá vivo”, disse em tom bem-humorado.

Encerramento

A celebração, que teve até contagem regressiva e queima de estoque do merch oficial, não ocorreu somente na capital paulista. Como destacado no telão, várias cidades, nacional e internacionalmente, terão as mesmas festas a partir de amanhã.

Ao fim, depois das sete músicas tocadas, Guerra pronunciou que o álbum estava, enfim, “na bolha”. Pelos cálculos de Lucas, até então, cerca de 3 mil pessoas (considerando a plateia e outros amigos) haviam ouvido o disco em primeira mão.

Ainda, a Fresno prometeu muitas novidades para as próximas semanas e um show solo da nova turnê em São Paulo. Antes, a banda participa do festival Turá ao lado de Pabllo Vittar, marcado para os dias 29 e 30 de junho, no Parque do Ibirapuera.

Sem dúvida, foi um dia histórico. Como o próprio trio destacou, eles, acima de tudo, são uma banda independente, composta por três integrantes, mas com muita gente envolvida. Não só em relação à equipe, mas, sobretudo, aos fãs, que lotaram uma casa renomada na capital paulista em plena quarta-feira. Que entoaram por diversas vezes o coro de que a Fresno é “a melhor banda do Brasil”. Que, ao longo de 25 anos, nunca foram embora. E que, diante de tanta versatilidade, talento, reciprocidade e humildade mostrados pela Fresno, com certeza continuarão presentes.

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